quarta-feira, 6 de outubro de 2010

LUGARES ONDE APARECERAM AS SEREIAS




Cantábrico, que banha a costa norte da Peninsula Iberica, já teve fama de ser um mar muito povoado de sereias. No ano de 1147 uma grande expedição maritima levou um exercito cristão do norte da Europa à Terra Santa, no começo da segunda cruzada. Por uma carta que se conserva na Biblioteca do Colegio de Cristo da U niversidade de Cambridge, escrita pelo cruzado Osbone, sabendo que a frota saiu do porto de Dartmouth, ao sudoeste da Inglaterra “na sexta-feira anterior à Ascensão de Cristo”, e que, varias jornadas depois, foi dispersada por um forte temporal um dia antes que pudessem alcançar o porto de Mala-Rupis (Gijón).
O relato de Osbone, traduzido por Jesus Evaristo Casariego, diz assim:
“ A NOITE QUE SE SEGUIU (ao temporal), APAVOROU TODOS OS NAUTAS, POR MAIS SERENOS QUE FOSSEM. ENTRE TODOS OS PERIGOS, ESCUTAMOS OS HORRIVEIS ALARIDOS DAS SEREIAS, QUE PRIMEIRO ERAM COMO GRITOS DE DOR E LOGO DE RISO E GARGALHADAS, TAL COMO SE DE SEUS CASTELOS NOS INSULTASSEM.”
 Na Idade Media, na Inglaterra, elas se chamavam “Mermaids”, ou filhas do mar, que se diferenciavam das “Siren”, que eram as sereias classicas, ou seja, as mulheres-passaros. A crença da real existência das sereias se manteve ate muito depois do inicio da Idade Media, apesar da crescente expansão do cristianismo que condenava essas supertiçoes.        Em 1403, perto de Edam, nos Paises Baixos, uma sereia passou por uma brecha em um dique e dois jovens a encontraram atolada no barro do canal, coberta de musgo e plantas verdes. Habitou em Haarlem ate o dia de sua morte, depois de 17 anos.
-“Ninguem a compreendia”, dizia Borges, “porem lhe ensinaram a fiar e venerarava como por instinto a cruz”, razão pela qual foi enterrada em um cimiterio cristão. Em 1658, foram vistas sereias na costa da Escócia, perto da desembocadura do rio Dee. A visão teve tal ressonancia que “Aberdeen
Almanac”, convertu o local em ponto turistico, prometendo aos visitantes a presença de grupo de preciosas sereias, criaturas conhecidas por sua beleza incomparavel. Comprova-se assim, que a tecnica da propaganda enganosa não foi um invento do seculo XX. No seculo XVIII um periodico ingles menciona como verdadeira a apariçao de uma “Mermaid” nas costas da  Grã Bretanha. Em 1728 o governador das ilhas Moluscas (atual Indonesia), Minher Van Der Stell, contou que havia visto “um monstro aprximadamente a uma sereia, junto a costa da Borneo, na provincia da Amboina”, medindo aproximadamente 1,50 m. permaneceu viva em terra, dentro de uma cuba cheia de agua quatro dias e sete horas, emitindo de vez em quando um sililo debil, como uma ratazana. 

SEREIAS NA ESPANHA
Na Espanha, segundo Jesus Callego, os relatos de Sereias, sobreviveram no tempo de boca em boca, de gereçao para geraçao e estão ligadas às ideias fundamentais: por ado, seu canto melodioso, que constitui um perigo a evitar pelos seres humanos, já advertido na “Odisseia”; e por outro lado, em todas as lendas que transmitem a ideia de maldição de uma mãe humana faz sobre sua filha, convertendo-se essa em sereia, passando dessa forma, a formar parte do “mundo das fadas”. Na Espanha são encontradas referencias de sereias assassinadas desde o seculo XVI, onde os autores, falam delas em suas obras, recorrendo ao sentir popular que sobre as mesmas existia tanto em sua época como muito antes.
Um deles é Juan Perez de Moya, que faz eco, na “Filosofia Secreta”, de uma das qualidades das sereias que devia ser topica inclusive no seculo XVI, quando escreve: “Fingem cantar tão docemente, que os marinheiros as ouvem, admirados da melodia, adormecem e, não olhando por si, as sereias, quando os sentem adormecidos, para depois comer suas carnes.” Já, Antonio de Torquemada, em seu “Jardim de Flores Curisas”(1570), recolhe outro aspecto tipicamente conhecido das sereias, aceitando a possibilidade de existencia, mas não seus comportamentos:
“Comunmente, se fala e se trata dessas sereias, dizendo que, do meio do corpo para cima tem forma de mulher, que dali para baixo tem de peixe; representedas com um pente na mão e um espelho na outra, e sizem que cantam com tão grande doçura que adormecem aos navegantes e assim entram nas naus e matam todos que nelas estão adormecidos(...) e embora seja assim, que se conta delas.” Em relação a sua organização social, possuem uma Rainha, que é a mais bela de todas e que se distingue por levar incrustado na cauda um anel de pedras preciosas que deve retirar ao chegar à praia e voltar a colocá-lo ao regressar ao mar, tal como afirma uma lenda de Begur, na Costa Brava.





































Um comentário:

  1. isso é lenda mais eu também não desacredito não vai que é verdade e aparece

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