quarta-feira, 29 de setembro de 2010

SEREIAS, QUEM SÃO ELAS?



As sereias são  as mulheres-passaros segundo as fontes  gregas, e as mulheres-peixes segundo as fontes nórdicas, que simbolizam principalmente os perigos do oceano e a morte no mar. Narrações posteriores tornaram-nas mulheres jovens vivendo no mar, sem a conformação de peixe (é o caso da “SIREN” inglesa, diferente da “MERMAID”, que tem cauda de peixe), como as mulheres do mar das lendas bretãs, que são uma espécie de fadas marinhas.
       Para a mitologia grega, elas viviam em uma ilha do Ponnant, perto da ilha da feiticeira Circe; mas o cadáver de uma delas, partênope , foi encontrado na Campânia e deu seu nome à cidade que hoje se chama Nápoles (antes, partênope ). Na antiguidade, as sereias eram também invocadas no momento da mote, por isso, muitas estatuas que as representavam eram encontradas nos sepulcros.
      Deve-se acrescentar que se acreditavam realmente na existência das sereias, sendo conhecidas varias histórias de sereias vivas. A obra literária mais antiga que existe sobre elas se encontra na “Odisséia” de Homero, escrita no ano 850 a.C., na qual o herói, Ulisses, alertado pela feiticeira Circe, não cai prisioneiros de seus encantos, ao passar próximo da ilha onde habitam, tapando os ouvidos dos marinheiros e fazendo-se atar no mastro do navio. Desde então, as sereias passaram a ser um símbolo mitológico das artes da sedução e da atração feminina. Segundo essas crenças, as sereias não só seduzem os homens para dar-lhes a morte, mas a sua aparição também era anuncio de tempestades e desastres. O historiador romano Luciano, do século II d. C., já se referia a uma extraordinária figura pisciforme  como deidades oceânicas.
       Segundo algumas crônicas, no ano 558, uns pescadores de Belfast Lough (Irlanda do Norte), ouviram o canto de uma sereia e foram pescá-la com suas redes. Conseguiram resgatar uma sereia que se chamava Liban, filha de Eochaidh, na praia de Ollaebha, na rede de Beon, filho de Inli. A colocaram num aquário, do mesmo modo que um peixe e ali ela permaneceu por durante 300 anos. Durante esse tempo, desejou ardentemente por sua liberdade. Uns monges piedosos resolveram libertá-la, mas antes a batizaram segundo o rito cristão, dando-lhe o nome de Murgen, que significa “nascida no mar”. Depois desejou a morte para salvar sua alma. Desde dia que morreu ficou conhecida como a Santa Murgen, aparecendo com essa denominação em certos almanaques antigos e no santoral irlandês,  sendo atribuídos à ela vários milagres. Você já tinha ouvido falar numa sereia santa? Pois não e  freqüente essa simbiose entre o paganismo e o cristianismo.
      Em algumas descrições célticas antigas, as sereias tinham um tamanho monstruoso, apresentando quase dezoito metros de altura. Essas medições foram possíveis porque elas penetravam pelos rios e podiam ser encontradas em lagos de água doce.

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